O Governo Federal tem buscado manobras para vender a Petrobras, já que a privatização da estatal pode ser interpretada como inconstitucional. O intuito é ficar apenas com as unidades de exploração e produção no Pré-sal dos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.
- Aumento do desemprego
A privatização das unidades amazonenses acarretará em demissão em massa e consequente queda na geração de renda da região. Estima-se que mil trabalhadores serão demitidos no Amazonas.
- Queda na contribuição fiscal
A estatal é uma das maiores fontes de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do estado. A privatização cortará cerca de R$ 267,94 milhões provenientes de royalties e participações especiais, hoje investidos em Educação e Saúde.
- Monopólio regional privado
Sem a estatal, os amazonenses se tornarão reféns do setor privado, que terá concentração integral no estado. Não haverá competitividade, mas sim um monopólio regional privado, sem livre concorrência e com aumento de preços dos combustíveis, já que o setor perderá o compromisso social que a Petrobras tem por ser estatal.
- Desastres ambientais
Por ser estatal, a Petrobras atua contra desastres ambientais, até mesmo os que são ocasionados por empresas do setor privado. A companhia opera com responsabilidade durante suas atividades de produção petrolífera, preservando o bioma Amazônia e evitando acidentes, além de patrocinar diversos projetos de preservação ambiental. Sem a estatal, os riscos para o Amazonas podem ser catastróficos, como já foi constatado em diversas privatizações pelo Brasil (basta lembrar os desastres ocasionados pela Vale em Mariana e Brumadinho).
Relembre: Manter a Petrobras estatal é pensar em segurança ambiental
A Petrobras no Amazonas
Além de refinar derivados do petróleo, a Refinaria Isaac Sabbá (Reman) é terminal de armazenamento para diferentes transportes de fornecimento de óleo, gás liquefeito de petróleo (GLP) e derivados. Embora possua capacidade de processamento diário de cerca de 46 mil barris de petróleo, atualmente está operando com apenas com 15% da capacidade (a redução das operações das refinarias é parte da estratégia de privatização).
Já o Polo de Urucu fica a 650 quilômetros de Manaus, e ocupa as sete áreas de concessão de produção: Arara Azul, Araracanga, Carapanaúba, Cupiúba, Leste de Urucu, Rio Urucu e Sudoeste Urucu – entre os municípios de Tefé e Coari, conectados por meio do gasoduto Urucu-Coari-Manaus. É a segunda maior reserva de gás natural do Brasil, e a primeira em terra firme, sendo capaz de produzir 60 mil barris de petróleo e 10 milhões de metros cúbicos de gás natural.
Privatizar a Petrobras, mesmo que em partes, não trará nenhum benefício para o Brasil e nem para os brasileiros. Apesar servirá para reduzir a cadeia de proteção ambiental e de desenvolvimento econômico e social que a Petrobras proporcional por ser estatal.
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